quinta-feira, 19 de maio de 2011

TEXTO REFERÊNCIA PARA O SEMINÁRIO

SEMINÁRIO DE EDUCADORES DO JARAGUÁ 2011

“Desafios e Perspectivas da Educação Básica: Rupturas e Continuidades”

            Abordar a Educação Básica representa adentrar numa seara repleta de desafios, o que dificulta uma intervenção simultânea em todas as lacunas existentes.
           
Ao final da primeira década do século XXI, estamos mobilizados para refletir sobre rupturas e continuidades, envolvendo a instituição escolar e todos os seus profissionais, alunos e comunidade, que reconhecem a diversidade e adversidade, a inclusão, a violência, as questões de gênero, etnia e sexualidade presentes internamente, assim como no plano social local e global.
           
A escola para nós representa a possibilidade de fortalecimento da vida humana, sendo uma instituição diversa culturalmente, afetiva, proporcionadora de profundos vínculos e provocadora cotidiana dos desafios éticos, quando nos coloca diante das questões: Quero? Posso? Devo?
           
O modelo institucional de escola vem sendo questionado quanto ao que deve ter continuidade, por responder aos desafios da contemporaneidade, e o que já está superado, uma vez que não atende mais aos anseios de uma sociedade em constante transformação.
           
            A nossa caminhada profissional é herdeira de conquistas e dilemas historicamente construídos pela humanidade, através de caminhos que permitem identificar; primeiramente, o sujeito iluminista, enquanto indivíduo centrado, unificado, dotado de capacidade, razão, de consciência e de ação; posteriormente, o sujeito sociológico, reflexo da complexidade do mundo moderno, não autônomo e autossuficiente, formado nas relações com outras pessoas importantes para ele (classe social), que media valores, sentidos e símbolos. Finalmente, o sujeito pós-moderno em que a identidade é uma celebração móvel, transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam.
           
Essas mudanças na constituição do eu vão provocando transformações na pista de corrida, no percurso que, na instituição escola, chamamos de currículo, que transversaliza os espaços e tempos que melhor respondam às necessidades da vida contemporânea.
           
Acreditamos ser fundamental para a escola um processo dialógico, em que as vozes ali presentes sejam consideradas como uma rica possibilidade de ampliação repertorial, representada pelo senso comum como ponto de partida e pela ciência como ponto de chegada, pois esta última, ainda é reveladora de importantes conquistas para a vida humana. Alargar a capacidade de interpretação das inquietações do mundo contemporâneo poderá produzir caminhos interessantes, se guiados pelo reconhecimento do outro diferente,  como exigência de sucesso para qualquer projeto de sociedade.
           
Enfim, estamos caminhando e não paralisados por leituras de desconstrução de tudo e de todos, em que os projetos não existem, pois representam o futuro, que não se pode desejar, dessa forma retomamos o uruguaio Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Nesse sentido caminhamos em direção ao II Seminário de Educadores do Jaraguá, esperançados no contínuo desejo de uma educação que contribua para uma sociedade mais justa e humanizadora.

Um comentário:

  1. Como é legal participar das reuniões da dre para o seminário, parabénssssss a todos os participantes e ao logo 2011 ficou divinoooooo, pena que não foi utilizado o original, a escolha do artista deve ser respeitada, ou seja mudar a cor, não foi a opção da professora, acho que vocês devem rever isso e respeitar o artista para 2012. Só um desabafo em defesa da livre expressão da Arte.
    OBRIGADA. Edilene Schiavinato

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