terça-feira, 22 de maio de 2012

TEXTO BASE

MÚLTIPLAS LINGUAGENS COMO POTENCIALIZADORAS DO CURRÍCULO: A NECESSIDADE DE (RE)CRIAR A AÇÃO DOCENTE, OS TEMPOS E ESPAÇOS EDUCATIVOS


Dialogar com o percurso de formação dos educadores do Jaraguá, desde 2010, significa considerar os desafios da ação educativa, assim como as possibilidades existentes, a partir do nosso campo de ação, que é a escola, enquanto espaço potencializador da realização humana em todas as suas dimensões, o que nos leva a manter o percurso, sem temer os desafios, elegendo para o ano de 2012 a temática das múltiplas linguagens, caminho trilhado pela necessidade de protagonismo docente e discente.
Consideramos “linguagem” no sentido mais amplo do termo – linguagem entendida como a que se expressa não apenas por signos linguísticos, mas também por outros signos. O conceito de múltiplas linguagens diz respeito às diferentes linguagens, presentes nas atividades humanas, que estabelecem novos recursos de ensino-aprendizagem. Sendo assim, a escola é um espaço privilegiado para que elas sejam cada vez mais vivenciadas. Portanto, a música, o teatro, a dança, o desenho, a fotografia, a literatura, os movimentos, o cinema, a televisão, os jornais, as revistas, a linguagem virtual, dentre outros, constituem-se formas singulares de experimentação, vivências, sensações, apropriação da cultura, interações e aprendizados.
A escola tem a possibilidade de assimilar novas maneiras de compreender, perceber, sentir e aprender, as quais desafiam o nosso olhar crítico de educadores. Estar na escola hoje é ser provocado pela busca de repensar o ato de ler e interpretar textos, não preso exclusivamente à lógica da cognição, mas considerando a compreensão e a contextualização de imagens, sons, expressões corporais e tecnologias, que se apresentam como mediadoras das interações humanas.
Assumir o campo temático em questão, tão presente na atual conjuntura, nos convoca a continuar percorrendo o caminho da crítica a esse modelo de sociedade, onde a realidade continua marcada por desigualdades sociais, econômicas e educacionais. Tal realidade exige uma intervenção mais efetiva por parte dos educadores quanto às práticas pedagógicas.

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